CAPÍTULO ANTERIOR
#02
- Peça perdão bárbaro! – Gritou Duque Thomer não acreditando
na petulância de Barthrer.
O bárbaro observou todos os dezoito soldados os cercando
sacando suas armas, sem esperar por seus companheiros ele sacou seu machado
assumindo uma postura de ataque.
- Não precisa ser dessa forma, Barthrer – disse Manffer
tentando acalmar os ânimos. – Podemos resolver sem ser necessário derramarmos
sangue. Pedimos desculpa, não queríamos causar essa desordem.
- Sua ultima chance bárbaro! – repetiu de forma ainda mais
impaciente o duque.
- Apenas peça perdão, Barthrer. Depois iremos embora e
procuraremos outro contrato. – Propôs Tharyn, mas Barthrer ignorou.
- Eu sei que é difícil para um guerreiro tão poderoso quanto
você abaixar a cabeça, – começou a dizer Zalian – mas talvez seja melhor
retornarmos a formalidade e diplomacia. Só acredito que não estamos em um bom
lugar para uma briga. Um “sinto muito” deve bastar, não vai ser tão difícil.
Então vamos? Eu te ajudo. Eu começo e você termina, pode ser? Sinto... Sinto...
O que?... Sua vez.
- Nunca! – Afirmou o bárbaro segurando ainda mais firme o
cabo de seu machado que parecia ser maior que uma arma normal. A tensão crescia
no salão. A guarda pessoal era bem treinada, mas não se via um bárbaro do
tamanho de Barthrer com frequência e ainda mais em postura de combate pronto para
ser o primeiro a atacar.
- Barthrer, não precisa ser dessa forma... – Repetiu Manffer.
- NUNCA!
- Prenda-os! AGORA!
Antes que os guardas pudessem reagir à ordem de Thomer,
Barthrer já havia atingido com um golpe mortal o primeiro guarda de cima para
baixo fazendo um estrago em sua armadura e acertou o segundo antes que ele
pudesse se proteger, não foi rápido o suficiente, Barthrer o acertou levantando
seu enorme e pesado machado de guerra enterrando sua arma na costela dele o
fazendo gemer e cair rodopiando seu corpo. O terceiro conseguiu se proteger do
primeiro golpe com seu escudo, mas com a carga de fúria do ataque foi
desequilibrado e atacado antes de preparar sua guarda com a espada, foi golpeado
com violência nas costas e com a força do impacto caiu sobre outro soldado que
estava assustado com a velocidade do bárbaro.
Tharyn logo sacou seu arco e acertou uma flecha nas costas do
guarda que estava na porta principal pronto para chamar reforços. Zalian
desviava das estocadas como se tivesse dançando uma dança de combate, leve,
hábil e ágil. Zalian que fazia sua Dança do Fogo com seus movimentos ritmados.
Lutava contra os soldados acertando golpes violentos com seu bastão, procurava
golpear as pernas ou a cabeça, lugares onde não estava protegido pela armadura
pesada da guarda pessoal do duque. O jovem Artimago era muito bem treinado nas
artes do combate corporal. Sua dança provocava estranheza e desconforto, com
passos que aparentavam ser imprevisíveis, mas eram treinadas pra combates com
múltiplos adversários. Era como fogo que se espalhava no salão.
Manffer lutava contra três e se defendia tentando evitar
atacar. Sua espada de duas mãos zunia no ar defendendo o guerreiro dos golpes.
O bárbaro não parava de atacar com fúria, e todas suas
investidas eram impossíveis de ser totalmente neutralizadas. Os guardas se
defendiam como podiam, e muitos não conseguiram. Seus movimentos circulares
mantinham os adversários distantes e amedrontados, não sabiam como para-lo. Os
soldados concentravam todos os esforços para parar Barthrer.
Manffer percebeu que não podia mais evitar atacar. Não queria
fazer, não devia, mas tinha que se defender. Começou a ajudar o bárbaro que
estava cercado por soldados. Deixava o Bárbaro definir seus ataques violentos e
circulares enquanto atacava os que escapavam ou hesitavam. O sincronismo impedia
a aproximação dos guardas.
Tharyn que descarregava toda sua aljava de flechas
principalmente nos soldados distantes que procuravam ajuda externa.
O Duque tentava escapar da luta quando viu uma flecha cruzar
o ar e acertar a parede poucos centímetros de seu nariz. Era Tharyn que mirava
uma segunda na direção do coração do duque.
- Se eu fosse você não me mexeria – disse a caçadora.
Aproveitando a pausa dos soldados temendo o pior, o Bárbaro
saltou sobre o duque o fazendo de refém.
- Todos soltem as armas! – Gritou Barthrer pressionando uma
adaga contra o pescoço do duque.
- Você é um tolo! – disse o duque zombando do bárbaro – O que
vai fazer depois? Me matar? Fugir? Vocês estão cercados por soldados. Não
conseguiram ir muito longe.
Nesse momento entrava tantos soldados quanto havia espaço
para permanecerem. Logo o salão ficou cheio de soldados com lanças apontadas
para os três que estavam no meio do salão. Arqueiros apontavam suas flechas e
nenhum dos guardas soltou sua arma.
Apenas o bárbaro não estava cercado, suas costas estava
guardada pela parede do salão e o duque era seu escudo.
- Então bárbaro imundo, o que vai fazer?
- Soltar o duque e se entregar
- Negociar um acordo
- Matar o duque e tentar dominar o castelo
- Tentar levar o duque como refém
* Coloque nos comentários como deseja que continue a história.
Tentar levar o Duque como refém.
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