Caio mantinha distancia dos outros três segurando firme a
barra de ferro que havia achado. Joana tentava voltar pela porta de onde saiu,
não conseguiu, estava trancada e firme, não balançava nem mesmo com toda a
força que ela aplicava com o seu desespero.
Thales observava a porta central da sala que era maior que as
outras quatro que estavam distribuídas nas outras paredes. Tentava achar um
jeito de abri-la, mas ela não tinha maçaneta e não sedia a empurrões. Não havia
como eles abrirem a tal porta.
- Alguém tem alguma ideia de como podemos sair? – Perguntou
Thales.
- Eu tenho! – Respondeu Caio correndo em direção à porta
central e a acertando com um chute que nem a fez tremer. Logo começou a
golpeá-la com a barra de ferro, sem nenhum sucesso começou a gritar urros de
raiva.
Lys nesse momento já estava sentada no chão tentando esconder
que estava chorando, mas não conseguiu. Não costumava chorar na frente das
pessoas, dessa vez não pode segurar. Chorava copiosamente segurando seus
joelhos. Desabafava naquele choro tudo que havia guardado em toda sua vida.
- Alguém tem uma ideia melhor que não seja chorar? – Zombou
Caio.
- Seu idiota! – disse Joana sem saber como consolar Lys – Seu
retardado! Também não esta vendo que socar a parede não vai dar certo?
- Pelo menos eu estou tentando fazer alguma coisa! E você?
- Estou tentando pensar, mas seus gritos estão me
atrapalhando!
- Parem os dois! – interrompeu Thales – A voz disse que temos
que votar em um para sair. Temos que descobrir que tipo de jogo é esse, o que
ele quer conosco.
- Ele quer brincar e matar a gente de alguma forma que vai
divertir esse psicopata! – Exclamou Caio quase rindo.
- Você está gostando seu sádico – Disse Joana horrorizada em
perceber a animação de Caio. Ele estava andando sem direções como se tivesse se
preparando para uma briga.
- Só posso garantir que ele não vai se livrar de mim fácil.
Pode ter certe que não.
- Acho difícil algo bom acontecer com quem escolhermos para
sair – disse Thales olhando um por um.
- Não acredito que você realmente vão jogar o jogo desse
mostro! – Disse Lys se levantando e enxugando as lagrimas.
- E que opções temos, chorona? – Disse Caio esnobando Lys – E
acho bom ninguém votar em mim, ou vai se arrepender amargamente.
Caio fazia sua postura intimidatória que tanto havia treinado
em seus tempos de Bad Reds. Estava sendo o Alfa-Red, o que gostava quando
sentiam medo dele. Enfatizando que tinha uma barra de ferro e era o mais forte
dos quatro com sua expressão corporal. Não precisaria da arma improvisada para
se defender dos outros três, de fato era mais forte é muito mais experiente em
brigas.
- Eu me recuso a votar em qualquer um – definiu Lys.
- O monstro! – Gritou Joana sem uma direção específica – O que
você quer conosco? Por que nos trouxe aqui? Fala! O que vai acontecer com quem
escolhermos para sair?
Mas ela não teve resposta.
Ali ficaram esperando sem coragem de fazer o que devia ser
feito. Por ideia de Lys se apresentaram uns aos outros, mas não se aproximaram,
não confiavam, mesmo sabendo que precisavam uns dos outros. A tensão só
crescia. Assim ficaram por um bom tempo, não sabiam o quanto se passara, nem
mesmo em que dia da semana estavam, muito menos se era noite ou dia. Poderia
ter passado uma hora, um dia ou uma eternidade, não podiam dizer, já não podiam
aguentar mais de fome e de sede. Quando Thales finalmente disse:
- Vamos votar e dependendo do que acontecer pode ser a nossa
única chance de sair.
- Eu vota na ruivinha – disse Caio sem hesitação.
- O que? E eu voto em você seu idiota!
- E você Lys? – Perguntou Thales
- Já disse que me recuso a votar.
- Então só falta seu voto, nerd.
Joana e Caio olharam para Thales esperando sua resposta que
iria definir tudo. Thales pensava como se armasse um plano, analisava Caio, não
queria revelar o que pensava por não confiar nos outros três e nem se estavam realmente
sendo observados.
- Eu voto em Joana...
- Você prefere esse psicopata?...
Mal Joana terminou de falar a sala ficou totalmente escura,
eles não poderiam dizer se estavam com os olhos fechados ou abertos, daria no
mesmo com toda aquele escuridão. Um longo momento de silêncio que seguiu com fortes
gritos femininos de desespero. Gritos que não sabiam de onde exatamente estaria
vindo. Poderia ser e qualquer parte da sala e parou de forma súbita. Novamente
o silêncio reinou na sala escura até finalmente a luz voltar. Joana já não
estava mais entre eles.
Lys gritou em desespero com medo do que não podia entender.
Thales e Caio se olharam sem entender como tudo aconteceu,
até Thales dizer:
- Meu Deus! Por essa eu não esperava. Eu votei nela porque
achava que eu e Caio poderíamos de alguma forma lutar com quem entrasse... Só
está piorando e entendo cada vez menos o que está acontecendo...
- Alguém conseguiu ver o que aconteceu? – Perguntou Caio.
- A pergunta é o que pode acontecer... – Disse Lys com o
olhar profundo, voltando ao seu controle emocional.
- Eu não senti nada, só escutei os gritos e...
Dizia Thales quando Caio interrompeu dizendo:
- Olha! Esqueceram a porta aberta.
- Duvido que tenham esquecido – Lys estava receosa ao ver
Caio se dirigindo a entrada. – Ele está nos testando. Mas por quê? Onde ele
deve estar querendo chegar? Não entendo...
- Eu não quero saber. O que quero é arrebentar esse
desgraçado!
- Acho que só tem uma forma de descobrir.
Thales saiu da sala logo depois de Caio e em seguida Lys
cruzou a linha da porta. Os três se depararam com um corredor imaculadamente
branco com várias portas fechadas para os dois lados. Não parecia ter fim para
qualquer uma das direções.
De longe pôde se ouvir os gritos de Joana que vinha do lado
esquerdo do corredor. Parecia distanciar cada vez mais, era o único som do
local.
- E para lá que foi esse desgraçado!
- Precisamos saber onde nós estamos. Se ficarmos parados aqui
seremos os próximos.
- Talvez nós não sejamos os únicos que estão passando por
isso.
·
Ir
correndo na direção dos gritos para salvar Joana
·
Ir
com cuidado na direção dos gritos, explorando o local
·
Fugir
correndo para a direita
·
Fugir
para a direita explorando o local
* Coloque nos comentários o que os principais devem fazer em seguida.
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Ir com cuidado na direção dos gritos, explorando o local
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