2 de set. de 2014

Eu Sou o Mestre #03



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#03


Começaram a andar na direção dos gritos de Joana e perceberam que os gritos ficavam cada vez mais distantes como se ela estivesse sendo arrastada muito rápido. 

Caio era o primeiro da fila, dava seus passos firmes e raivosos, queria sua vingança. Ser livre não seria o suficiente para ele, já havia se tornado pessoal.

- As portas estão trancadas – Disse Thales tentando abrir uma que estava ao lado.

- Essa também está! – Disse Lys encostando seu ouvido na porta para tentar escutar algo em seu interior.

- Dane-se! – Caio socou a parede do corredor não se importando com o barulho – Estou cada vez mais odiando esse lugar. Vou fazer esse cara cuspir os dentes, vou arrebentar esse idiota!

- Temos que saber onde estamos para tentarmos estar em vantagem – tentou explicar Thales – podem ter outras pessoas na mesma situação que nós.

- Precisamos ajuda-las!

- Dane-se as pessoas também! Não quero mais nada além de arrebentar esse idiota!

- Ahm! – exclamou Thales quando quase caiu em uma sala que por sorte estava aberta.

A porta se abriu lentamente apresentando seu interior. Era uma completa bagunça, papeis jogados ao chão, não havia o mínimo de organização. Era como se um furacão tivesse passado por ali. A mesa que estava no centro apresentava uma espécie de projeto de um prédio. Quando os três entraram na sala perceberam que estava escrito “Monsgrave” na parte de cima da planta baixa de um colégio. Papeis com desenhos anatômicos de humanos completavam a bagunça da mesa, parecia fichas de pessoas. Anotações incompletas estavam espalhadas ao chão.


“Não pode ser um terreno normal, não pode ser. As coisas aconteceram de forma inesperada. Saiu completamente dos nossos planos, as cobaias humanas não estavam preparadas corretamente, não consigo compreender o que aconteceu. Novos testes serão realizados e”...


Foram as únicas coisas legíveis aos olhos de Thales em uma das anotações feita as pressas com uma caligrafia trêmula típicas de um médico. 

- Temos que sair rápido deste lugar! – Exclamou Lys se dirigindo a porta.

- Estamos perdendo muito tempo nesse lugar idiota.

- Não entendem? – Thales estava paralisado observando as anotações – Este lugar é um laboratório. Estão fazendo pesquisas com seres humanos!

Os três saíram rapidamente da sala, não queriam imaginar o que poderia está acontecendo com Joana, todos os testes e experiências que a aguardavam. E eles poderiam ser os próximos.

Começaram a seguir o corredor na mesma direção que estavam até escutar sons de palmas e passos se aproximando. Entraram na primeira porta que encontraram aberta para se esconder tentando fazer silêncio.  A sala estava completamente vazia, porém escura, apenas a luz do corredor a iluminava. Caio deixou a porta se fechar e não conseguiu mais abri-la.

- acho que vocês são muito curiosos... – Disse a voz do Mestre dentro da sala – Seus pais não lhe ensinaram educação?

- Seu verme! Apareça para encher sua cara de soco!

- Parece um bom convite. Eu já estou aqui.

A sala se iluminou parcialmente e pode se ver a silhueta de um homem muito bem vestido bem ao fundo da sala.

Caio correu em direção a ele sem pensar e logo acertou em cheio o rosto em um vidro resistente o fazendo cair inconsciente por alguns segundos.

- O que você vai fazer conosco? – Perguntou Thales enquanto Lys tentava reanimar Caio.

- Vai depender muito de vocês... A verdade é que as possibilidades são infinitas – e o Mestre sorriu embaixo das sombras que cobriam parcialmente seu rosto.

- Seu monstro! O que você vai fazer com Joana? – Quis saber Lys já levantando o atordoado Caio.

- Quanto a Joana, eu tenho outros planos para ela.

Caio tentava manter-se em pé. Estava sofrendo com fortes dores por causa da pancada que sofrera. Mesmo desequilibrado tentava quebrar o vidro com socos débeis.

O Mestre começou a caminhar lentamente para as sombras se distanciando deles quando Caio disse:

- Maldito desgraçado! Seu covarde, frangote! Fica escondido atrás de um vidro. Vem até aqui!

O mestre apenas riu com a provocação e as luzes da sala começou a piscar freneticamente, provocando um leve tremor no chão, não se podia afirmar o que causara.

- Vocês são meus brinquedos – disse o Mestre – e enquanto estiverem aqui EU SOU O MESTRE! Talvez seja hora de vocês perceberem isso. É uma pena, realmente achava que vocês poderiam ir longe. Infelizmente vamos ter que parar por aqui. – E o Mestre desapareceu nas sombras.

As luzes começaram a ficar em um ritmo alucinante demais para ser suportado por eles, logo saíram correndo da sala e avistaram as luzes do corredor apagando uma a uma começando da mais distante até chegar onde eles estavam.

Correram a pleno pulmões para manter-se na parte com luz do corredor, com a pressa Caio nem havia se dado conta que tinha deixado a barra de ferro na sala. Olhavam para trás e viam apenas o negrume engolindo o que antes era o corredor mais iluminado que haviam visto. Uma corrida desesperada, para frente só se via luz branca e para trás trevas se alastrando com o apagar das luzes.

Olharam para trás uma ultima vez e perceberam a escuridão os alcançando, quando tropeçaram ao mesmo tempo com uma rampa discreta e inesperada que surgira e olharam novamente para frente percebendo que estavam em outro lugar, sentiam grama nos pés, árvores os cercavam, não era uma mata fechada, podia se ver ao longe, mas parecia que estavam em um local alto por estarem apenas com o céu a sua frente.

- Onde estamos dessa vez? – Perguntou Lys de forma retórica o que todos queriam saber.

- Vocês estão sentindo? Parece que estamos sendo observados – Comentou Caio olhando para o fim do túnel por onde saíram que estava completamente negro.

- Temos que continuar andando, ele pode estar nos seguindo ainda.

- Pode ficar tranquila, Lys – disse Thales de forma fria – acho que tudo foi uma brincadeira, ele só queria nos assustar, ele está brincando conosco, dês do começo, como ele mesmo deixou claro. Ele só poderia estar querendo continuar o jogo. Olhem isso!

Thales apontou para o horizonte onde estava abaixo da linha da visão deles. Tiveram que chegar a ponta do precipício para ver e ficarem horrorizados.

- Que merda é essa?...

Caio colocou as mãos na cabeça sem saber o que dizer a mais para completar. Foi nesse momento que lembrou que estava sem sua barra de ferro, se sentiu impotente diante dessa situação.

Lys abaixou na ponta do precipício com as mãos no joelho tentando entender e identificar o que estava vendo. O vento denso carregava de amargura o local. Era uma cidade, ou melhor, o que restou dela, escombros de uma ruína que um dia poderia ter sido algo populoso e cheio de vida. Era deserta e parecia ser um grande cenário de guerra, não havia um prédio inteiro, somente ao chão espalhados com seus destroços ocupando onde estavam às ruas largas e cheias de carros abandonados completamente destruídos.  

- Temos poucas escolhas, só sei que não está me cheirando bem isso tudo. Não acho que vai acabar em coisa boa – disse Thales.

- Parece que só piora essa praga!

- Só não podemos ficar aqui. – Lys olhos para os outros dois querendo saber o que fariam em seguida e esperando uma resposta.


- Ir até a cidade
- Voltar para o corredor
- Se esconder entre as árvores para observar melhor




   * Coloque nos comentários o que os principais devem fazer em seguida. 

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